Sobre o Blog

Blog criado por alunos do curso de administração da PUC Minas em Betim com o objetivo de expor os problemas, os desafios e projetos para a gestão sustentável nas empresas.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Artigo 3


Educação Ambiental Popular: Uma Alternativa à Crise Ambiental na Sociedade Moderna


Conceitos
Citações Literais
Introdução


Introdução

 

“[...] A crise não só ambiental como também social por que passa o mundo hoje, é reflexo de um sistema econômico que gira em torno da exploração da massa trabalhadora e da acumulação de riquezas por parte dos opressores. A exploração desenfreada, o consumismo exacerbado, leva a saturação não somente da natureza, mas das relações sociais. [...] ”


 

 

 

 

 

 

 

Crise Ambiental


 

“[...] Constatamos que a crise ambiental é sintoma de uma crise muito mais profunda do que a mídia nos passa diariamente.

 

           Por detrás de tudo isso, há um modo de produção econômico, denominado Capitalismo, que é o grande vilão, o principal responsável pela crise atual, que, aliás, não é tão atual assim. Em nosso País, por exemplo, a crise tem sua origem concomitantemente com o Descobrimento, pois desde esta época nossas riquezas naturais passaram a ser exploradas.

 

 Vemos que desde o Descobrimento, nossa sociedade caracteriza-se pelo domínio do mais forte sobre o mais fraco e da exploração do trabalho.

 

            "Pelo que se tem notícia, desde que a vida surgiu na face da Terra há cerca de três bilhões e meio de anos, nenhuma outra espécie biológica foi capaz de provocar desequilíbrios ecológicos na proporção e magnitude da atual crise ambiental". (LAYARGUES in SANTOS & SATO, 2006, p. XIII).


           Cada vez mais a natureza é vista como recurso natural para alimentar um modelo de desenvolvimento espoliador e concentrador de riquezas e que vem, desde essa época, se disseminando e sendo implantado por todo o planeta em um processo hoje denominado de globalização (GUIMARÃES in LOUREIRO & LEROY, 2006, p. 17). [...] ”








Educação Ambiental


“[...] A Educação Ambiental apresenta-se, hoje, como um modelo de Educação que pode contribuir com as mudanças estruturais necessárias e prementes ao mundo, envolvendo estilos sustentáveis de vida, ética, padrão cultural e equidade compatíveis com a Sustentabilidade.

           Ao associarmos Educação Ambiental à Sustentabilidade, percebem-se no debate corrente sobre Educação Ambiental tendências que privilegiam ações locais e outras que discutem modelos de desenvolvimento. A necessidade impõe ações localizadas, pontuais e imediatas, colocando desafios contundentes às práticas sociais. Faz-se, pois, segundo Figueiredo, necessário construir uma crítica da sustentabilidade.
           Uma cultura crítica de sustentabilidade nos devolve à pergunta pela participação dos atores fundamentais dessa história. Na verdade nos remete à tarefa de buscar desvelar, no sentido freireano, o trajeto e a percepção popular sobre o assunto. (FIGUEIREDO, 2007, p. 79).

           Escolher uma concepção de Educação é uma decisão eminentemente política, pois ela referenciará uma práxis educativa. No mesmo sentido de práxis educativa, Moacir Gadotti define a pedagogia da práxis como:
A teoria de uma prática pedagógica que procura não esconder o conflito, a contradição, mas, ao contrário, entende-os como inerentes à existência humana, explicita-os e convive com eles. Ela se inspira na dialética. (GADOTTI, 2005, p. 239) [...] ”

Considerações Finais

           Em nosso caso particular, acredita-se que uma forma de se alcançar os objetivos da Sustentabilidade e romper com as mazelas do Capitalismo são optarmos por um novo modelo de Educação, ou seja, uma Educação que não só é Transformadora, mas acima de tudo Popular, ou seja, dos oprimidos, como exprime Paulo Freire.
Será a partir da situação presente, existencial, concreta, refletindo o conjunto de aspirações do povo, que poderemos organizar o conteúdo programático da educação ou da ação política.
O que temos de fazer, na verdade, é propor ao povo, através de certas contradições básicas, sua situação existencial, concreta, presente, como problema que, por sua vez, o desafia e, assim, lhe exige resposta, não só no nível intelectual, mas no nível da ação (FREIRE, Paulo, 1987, p. 184).


Referências relevantes: 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GADOTTI, Moacir. Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA, 2005.

FIGUEIREDO, João B. A. Educação Ambiental Dialógica: As Contribuições de Paulo Freire e a Cultura Sertaneja Nordestina. Fortaleza: Edições UFC, 2007.



Por: Natasha de Souza







Artigo 2


Estratégias de gestão ambiental E seus Fatores Determinantes: Uma análise Institucional

Conceitos
Citações Literais
Introdução











Introdução


“[...] Estratégias de gestão ambiental e seus aspectos determinantes.

            Nos últimos anos, tem crescido o número de estudiosos que argumentam que, para alcançar vantagem competitiva, torna-se necessário que as empresas maximizem seu retorno ao mesmo tempo que desenvolvem progressos em relação à implementação de práticas ambientais nos negócios (LEE, 2009; BERRY; RONDINELLI, 1998; PORTER; VAN DER LINDE, 1995)

            O termo “política ambiental” é definido pela norma NBR Série IS0 14001 como “a declaração da organização, expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que provê uma estrutura para a ação e definição de seus objetivos e metas ambientais”. Nesse sentido, ela estabelece a orientação e fixa os princípios de ação para a organização.

            Na visão de Schenini (2005), a adoção de medidas ambientalmente responsáveis é motivada por razões internas e externas das organizações.

            Na onda da assim chamada teoria dos stakeholders (FREEMAN, 1984), a influência das partes interessadas é citada por Berry e Rondinelli (1998) e Bansal e Roth (2000) como responsáveis pela adoção da gestão ambiental proativa por parte das empresas que, buscando satisfazê-las, têm descoberto que uma estratégia proativa requer mais que um simples ajustamento às políticas governamentais. [...] ”







Procedimentos Metodológicos



“[...] A pesquisa utiliza os fundamentos da abordagem quantitativa e exploratória e pode ser caracterizada como um levantamento de campo tipo survey. O survey permite a coleta de informações a partir de indivíduos a respeito de questões relacionadas a assuntos ligados a eles ou às organizações em que atuam (FORZA, 2002).
            A coleta de dados secundários se deu por meio de materiais informativos já disponíveis em relatórios de pesquisas anteriores, bem como em documentos institucionais da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), revistas especializadas, leis e regulamentações ambientais.

         O questionário foi planejado tendo como base os fundamentos teóricos apresentados. [...] ”







Apresentação dos resultados


“[...] Políticas de gestão ambiental, práticas adotadas e gestão dos recursos naturais

            Das empresas participantes desta pesquisa, mais de 60%
concentram-se nos setores florestal, eletrometalomecânico e têxtil, que, juntamente com as empresas agroindustriais, representam uma parcela importante do parque industrial do estado e do país. A indústria de transformação de Santa Catarina é a quarta do país em número de empresas e a quinta em quantidade de trabalhadores.

            Apesar da existência de ações ambientais importantes, a pesquisa aponta para a predominância de práticas relacionadas ao produto (GUPTA, 1994), como a reciclagem.

            A partir da análise das práticas de gestão ambiental desenvolvidas, constata se, portanto, uma baixa consciência na produção e nos métodos e processos operacionais desenvolvidos pelas empresas estudadas. [...] ”









Fatores determinantes das estratégias de gestão ambiental


“[...] A importância dos valores da organização como um fator determinante interno das estratégias de GA das empresas é destacada por Jabbour e Santos (2006), que vêem esses valores como sendo um fator relativo à área de recursos humanos responsável pelo encorajamento de uma cultura organizacional voltada para as questões ambientais.

            Outro aspecto citado como determinante interno é a disponibilidade financeira das empresas, principalmente entre as grandes empresas, o que pode sugerir um estágio de GA superior nas empresas com melhor desempenho financeiro.

            A partir da comparação entre as empresas de diferentes tamanhos e os fatores externos percebidos como determinantes das estratégias de gestão ambiental, pode-se verificar, que a exigência da sociedade, as regulamentações do governo, a adequação aos padrões normativos e a concorrência aparecem como os fatores externos mais citados pelo total das empresas da amostra estudada. [...] ”

Considerações Finais

            A principal contribuição do estudo foi a agregação de dados da gestão ambiental de empresas de diferentes portes por meio da análise de correspondência múltipla, inclusive as pequenas e médias, e a partir de uma visão estratégica, o que se mostra ainda incipiente na literatura especializada (LEE, 2009). Isso é especialmente relevante no caso brasileiro, quando uma parcela representativa da economia depende das PMEs e, apesar disso, a grande maioria das pesquisas ainda gira em torno das grandes empresas.



Referências Relevantes:

GUPTA, M. C. Environmental management and its impacts on the 
operations function. International Journal of Operations and Production 
Management, v. 15, n. 8, 1994.


LEE, K-H. Why and how to adopt green management into business organizations? The case study of Korean SMEs in manufacturing industry. 
Management Decision, v. 47, n. 7, 2009

JABBOUR, C. J. C; SANTOS, F. C. A. The evolution of environmental management within organizations: toward a common taxonomy. Environmental 
Quality Mangement, 2006.



Por: Natasha de Souza









Artigo 1



Inovação e Sustentabilidade: Novos Modelos e Proposições


Conceitos
Citações Literais
Introdução






Introdução

“[...] O movimento pelo desenvolvimento sustentável parece ser um dos movimentos sociais mais importantes deste início de século e milênio.
            A rapidez com que esse movimento foi aceito por amplos setores do empresariado, pelo menos no nível do discurso, não tem precedentes na história recente das empresas.
            Contrariamente ao ocorrido no movimento da qualidade, a adesão das empresas ao desenvolvimento sustentável vem inicialmente de fora para dentro, como um meio de se contrapor às críticas e objeções ao papel das empresas feitas por incontáveis entidades governamentais e da sociedade civil organizada, responsabilizando-as pelos processos de degradação social e ambiental que atingiam todo o planeta.
            Um aspecto central da adesão a um movimento social é a necessidade de substituir os meios e as práticas antigas por outras que traduzem os princípios, objetivos e diretrizes do novo movimento. [...]”




  


Desenvolvimento sustentável






“[...] A expressão “desenvolvimento sustentável”, que começou a se tornar popular a partir da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em 1992, tem na realidade uma longa trajetória. De acordo com Riechmann e Buey (1994, p. 104), as sociedades industriais ensejavam, desde o seu início, reações críticas pelas destruições que causavam, seja por autores dissidentes, seja por movimentos sociais, que chegam até os nossos dias e carregam consigo um rico passado de crítica civilizatória, embora tenham permanecido marginais até poucas décadas atrás em relação às correntes centradas no produtivismo. [...]”







A Institucionalização do Desenvolvimento Sustentável







 “[...] Apesar de tantas críticas às propostas concernentes ao desenvolvimento sustentável, o fato é que elas se tornaram as bases de um dos mais importantes movimentos sociais da atualidade.

            Como diz Nobre (2002), o conceito de desenvolvimento sustentável “surgiu não só como uma noção fadada a produzir consenso, mas também como enigma a ser criticados pela sua vaguidão, imprecisão e caráter contraditó-rio” (p. 25).
            Na sociedade atual, os valores ligados ao desenvolvimento sustentável e ao respeito às políticas ambientais têm sido institucionalizados em maior ou menor grau nos diversos países pela mídia, pelos movimentos sociais e ambientalistas, e pelos governos. Como resposta a essas pressões institucionais, surgem novos modelos organizacionais, vistos como os mais adequados para o novo ciclo que se inicia, como é o caso das organizações inovadoras sustentáveis. [...]”












Inovação e Sustentabilidade








“[...] A sustentabilidade do negócio pode ser entendida de modo convencional, isto é, como capacidade de gerar recursos para remunerar os fatores de produção, repor os ativos usados e investir para continuar competindo.

            De acordo com os conceitos de sustentabilidade desse movimento, as inovações devem gerar resultados econômicos, sociais e ambientais positivos, ao mesmo tempo, o que não é fácil de fazer, dadas as incertezas que as inovações trazem, principalmente quando são radicais ou com elevado grau de novidade em relação ao estado da arte.

            Inovação, segundo o Manual de Oslo, é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, nas organizações do local de trabalho ou nas relações externas (OECD, 1997, p. 55).
A “inovação sustentável” é introdução de produtos, processos produtivos, métodos de gestão ou negócios, novos ou significativamente melhorados paraa organização e que traz benefícios econômicos, sociais e ambientais, comparados com alternativas pertinentes.
            As inovações sustentáveis consideram uma lista ampla de partes interessadas secundárias, como a comunidade local e grupos ativistas de várias causas, tais como ambientalistas, antiglobalização, direitos dos animais etc. A dificuldade torna-se muito maior por se tratar de inovações realizadas de forma contínua, pois é isso que caracteriza uma organização inovadora [...]”

Considerações Finais

          
   O modelo de organização inovadora sustentável é uma resposta às pressões institucionais por uma organização que seja capaz de inovar com eficiência em termos econômicos, mas com responsabilidade social e ambiental.
Ela reúne duas características essenciais: é inovadora e orientada para a sustentabilidade.
Institucionaliza-se uma nova lógica de produção na qual a sustentabilidade e a inovação caminham juntas.
Um aspecto em geral negligenciado nos modelos de organização sustentável refere-se ao consumo. Como o sistema operacional produtivo e as inovações de produto e de processo, ao atender as três dimensões da sustentabilidade, devem gerar ganhos para o meio ambiente em termos de redução no uso de recursos e de emissões de poluentes, o aumento da produção pelo incitamento à demanda por novos produtos pode neutralizar ou até superar esses ganhos. Levar em conta essa possibilidade dando-lhe um tratamento adequado é um dos maiores desafios para o alinhamento das empresas ao modelo de organização inovadora sustentável.  



Referências relevantes:

NOBRE, M. Desenvolvimento sustentável: origens e significado atual. In:
NOBRE, M; AMAZONAS, M. C. (Orgs) Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito. Brasília: Ibama, 2002.


OECD.  The Oslo Manual: The Measurement of Scientific and Technical
Activities. Paris: OECD; Eurostat, 1997.


RIECHMANN, J; BUEY, F. F. Redes que dan libertad: introducción a los
nuevos movimientos sociales. Barcelona: Paidós Ibérica, 1994.

Artigo disponível em: http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-75902010000200002.pdf

Por: Natasha de Souza

Planejamento ,desenvolvimento político e sustentabilidade


                                                                         Introdução

Planejar o desenvolvimento municipal é um dos maiores desafios para o Poder Público nos dias incertos que correm.                                 
Vamos inicialmente explorar alguns entendimentos do que possa ser o desenvolvimento, por meio de um contraste com o conceito de crescimento, e apresentar alguns apontamentos sobre os indicadores que têm sido utilizados para medi-lo, para então abordarmos o conceito desustentabilidade e de desenvolvimento sustentável.
                                                     Crescimento e desenvolvimento
Diferente da idéia de crescimento - que sugere principalmente aumento em quantidade - a de desenvolvimento implica a mudança de qualidade e, também, aumento dos graus de complexidade, integração e coordenação de um sistema. Crescimento exige material e energia. Desenvolvimento produz e se alimenta de interações, informação. Não é por outra razão que podemos falar em crescimento populacional, mas dizemos desenvolvimento intelectual, cultural, político, social.
             Sustentabilidade - Uma nova qualificação para o desenvolvimento
A noção de sustentabilidade está associada às de estabilidade, de permanência no tempo, de durabilidade. Foi proposta no início da década de 70, em estudos de cunho ecológico (sustentabilidade biológica),que focalizavam a interdependência entre uma população e os recursos de seu ambiente. Mas foi nos anos 80 que se estendeu sua abrangência para abarcar as relações entre desenvolvimento e meio ambiente, no processo de preparação da Conferência da ONU que ocorreu no Rio de Janeiro em1992. (O conceito de desenvolvimento sustentável é a pedra de toque do relatório que a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento apresentou à ONU, sob o nome de Nosso Futuro Comum. Parte-se da constatação de que não bastam as políticas ambientais compensatórias ou corretivas “que visam aos sintomas do crescimento prejudicial.  É necessária uma nova abordagem, pela qual todas as nações visem a um tipo de desenvolvimento que integre a produção com aconservação e ampliação dos recursos, e que as vincule aos objetivos de dar a todos uma base adequada de subsistência e um acesso eqüitativo aos recursos. O conceito de desenvolvimento sustentável fornece uma estrutura para a integração de políticas ambientais e estratégias de desenvolvimento"
Muitos autores têm questionado as possibilidades de aplicação desse conceito e sua operacionalidade. Outros têm mostrado a existência de um campo de disputa sobre seu significado existido, dado o uso diverso que dele fazem atores com interesses conflitantes. Mas desde seu enunciado original, esse conceito tem tido sua abrangência cada vez mais ampliada, servindo de meio de articulação das dimensões econômica, ambiental e social, vistas como indissociáveis.

Considerações Finais

Mas quais seriam as características das ações que contribuiriam não só para o desenvolvimento politico como para a sustentabilidade do desemvolvimento? [...] ”  (Rattner)
Visualisando através de diversas experiências em andamento e emergência de uma sociedade sustentável, identifica alguns de seus principis orientadores: visão integradora, encarando a função das atividades não somente em seus aspectos matérias, mas também as necessidades sociais espirituais, tais como participação, criatividade e solidadriedade;
Seia possível pensar o gorverno como uma rede de agentes políticos, privados e da sociedade civil, técnicos e políticos, catalisados pelo poder, capazes de interagir permanentemente e impulsionar novas soluções, capazes de acumular e disseminar tanto o conhecimento dos assuntos locais/ globais como a pratica do relacionamento político maduro? Se for, é possível então sonhar com uma sociedade sustentável. E batalhar por ela.




Referencias:

Moisés, Helvecio. Planejamento ,desenvolvimento político e sustentabilidade.Rio de Janeiro ,1996.

Matus, Carlos. Sustentabilidade uma nova qualificação para o desenvolvimento. São Paulo,1999.

Por: Natalia Vanessa Martins

O debate da sustentabilidade na sociedade insustentável


                                                              Introdução

Especificamente, sistematiza e problematiza o debate recente sobre a relação  entre desenvolvimento e meio ambiente,se detendo sobre tópicos como: os fundamentos críticos ao modelo de desenvolvimento  econômico dominamente  no mundo ocidental e difundido para o terceiro mundo no pós segunda guerra; a construção do conceito de desenvolvimento sustentável; as principais interpretações da crise sócio-ambiental dentro do pensamento ambientalista mundial e sobre avaliações dos avanços,limites e dilemas da nova concepção  de desenvolvimento.O objetivo é resgatar a discussão crítica sobre a questão ambiental que se reveste de singular complexidade e lança ameaças ao destino da espécie, no longo prazo, caso não se formulem respostas adequadas aos desafios colocados.
                                       Diferentes tendências no pensamento ambiental
Conforme o número de pessoas, grupos e instituições a reconhecer a legitimidade da questão ambiental e a defender sua inclusão na agenda dos assuntos socialmente prioritários. No entanto, se algum consenso já existe sobre pontos elementares, o mesmo não pode-se afirmar sobre as interpretações concernentes á origem e possíveis respostas ao problema.Apesar do risco de simplificação inerente aos processos de classificação, tentar-se-á apresentar uma diferenciação das perspectivas básicas predominantes no pensamento ambientalista.Tem-se, assim,quatro categorias básicas que podem , eventualmente , se ramificar, ampliando o número de variações possíveis.O antropocentrismo pode ser resumido como a tendência ético-filosófica que percebe o ser humano como centro e senhor da existência,num sentido em que todo o resto dos seres e processos orgânicos e inorgânicos adquire valor comparativamente ao homem e à utilidade que possam lhe proporcionar.O biocentrismo,contrariamente,nega o antropocentrismo e defende uma relação de valor intrínseco à natureza,desvinculando de conotações utilitárias.Assim,segundo a classificação,teríamos,em primeiro lugar,a posição eco capitalista que se caracteriza por reunir princípios antropocêntrico e individualistas.Representa a posição econômica  e politicamente dominante dentro do ambientalismo global.Reconhece a questão ambiental como um subproduto indesejável do processo,mas perfeitamente ajustável dentro da ordem capitalista e que dispensa quaisquer mudanças mais profundas.Sinteticamente,alguns ajustes demográficos e tecnológicos seriam suficientes para superar o problema.Compreende o enfoque de mercado , que julga o livre jogo entre produtores e consumidores capaz de avançar na direção de uma sociedade sustentável.
                                                                  
                                                      A ecologia
Ecologia social reúne características antropocêntricas e coletivistas. São críticos do “status quo” e pensam que os grandes responsáveis são o capitalismo industrial e elementos dele decorrentes, ou mesmo inerentes, como a desigualdade social e política,a razão instrumental, a ética individualista e o gigantismo das soluções econômicas e tecnológicas.
 seguinte refere-se aos ecocêntricos, ou biocêntricos de tendência individualista. Para os representantes desta tendência a natureza tem valor intrínseco independentemente da utilidade que tenha para o homem. Defendem a igualdade de todas as espécies, dentro da comunidade biótica e uma nova ética que substitua os valores antropocêntricos. Dispensam pouca atenção às questões sociais e políticas, sendo mais tendentes a uma visão espiritualista, onde a natureza assume uma importância central. Também conhecidos como fundamentalistas, deep ecology (ecologia profunda) pelo radicalismo de suas posições e pelo combate a outras correntes ambientalistas que consideram superficiais.
 O alternativismo reúne movimentos pioneiros no ambientalismo, que inclui pacifistas antinucleares, críticos da ciência e do modelo industrial-consumista que vieram desembocar nos movimentos hippies e da contracultura. Os neomalthusianos focalizam sua atenção sobre a questão demográfica, na relação entre crescimento populacional e degradação ambiental e na defesa do controle da natalidade para evitar os problemas ecológicos. Seus expoentes são Garret Hardin e o casal Erlich, que chegam inclusive a sugerir que o terceiro mundo é muito prolífico e, portanto, responsável pelos grandes problemas ecológicos. Discutem, nessa direção, a proposta de suspender qualquer política de ajuda aos países pobres e o congelamento do crescimento populacional como única forma de enfrentar a questão sócio-ambiental.
O resultado insatisfatório, colhido das experiências práticas e das construções teóricas de desenvolvimento econômico, permitiu, através de sucessivas avaliações, o surgimento de novas propostas, que findaram convergindo para a concepção de desenvolvimento sustentável
                            A construção do conceito de desenvolvimento sustentável
Analisar a construção e emergência do conceito de desenvolvimento sustentável é compreender os processos objetivos e subjetivos que levaram à consciência do esgotamento do modelo de desenvolvimento, experimentado nas últimas décadas, e da necessidade de uma nova concepção.
Conforme mencionamos acima, a multiplicação de acidentes e problemas ambientais e a ação do movimento ecológico, sobretudo a partir da década de 1970, compõem uma força crítica aos modelos de desenvolvimento industrial, tanto capitalista, quanto socialista, e despertam uma nova consciência, atenta à dimensão O relatório parte do pressuposto da possibilidade e da necessidade de conciliar crescimento econômico e conservação ambiental e divulga o conceito de desenvolvimento sustentável e um conjunto de premissas que desde então tem orientado os debates sobre desenvolvimento e questão ambiental. Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável é definido como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras também atender as suas. (Guimaraens 1991)
                                A crítica e os dilemas do desenvolvimento sustentável
O conceito de sustentabilidade inova também ao valorizar os problemas das relações norte-sul, e, sobretudo as especificidades dos países pobres, quando relaciona pobreza, riqueza e degradação, quando atenta para as implicações adversas da dívida externa no contexto sócio-ambiental desses países, inclusive reconhecendo a desigualdade norte-sul e a maior responsabilidade relativa dos países do norte na construção de um desenvolvimento sustentável. Registra, ainda, a maior predação relativa dos nortistas e os prejuízos que o seu crescimento trouxe para os países do sul
Do ponto de vista daqueles que criticam o conceito, a ênfase recai sobre suas ambigüidades e contradições, e são muitas as vulnerabilidades apontadas. Pode-se afirmar, para fins de síntese, que os principais  ataques à proposta se ramificam em torno de algumas perguntas essenciais como: a) é realmente possível conciliar crescimento econômico e preservação ambiental, no contexto de uma economia capitalista de mercado ? ( ver socialismo adiante); b) Não é o desenvolvimento sustentável apenas uma nova roupagem para uma proposta já superada? ( e neste caso se trataria de mudar na aparência para conservar na essência); c) em não havendo consenso sobre o que é desenvolvimento sustentável e sobre como atingi-lo, qual interpretação será privilegiada, a visão estatista, de mercado ou da sociedade civil ?; Como atingir eficiência econômica, prudência ecológica e justiça social em uma realidade mundo extremamente desigual, injusta, e degradada? como passar da retórica à ação? Estão os países desenvolvidos e as elites das nações subdesenvolvidas dispostas à mudanças e sacrifícios? Podemos apenas especular sobre estas questões, não respondê-las.
Como esclarecimento, é necessário colocar que quando nos referimos aos problemas ambientais das sociedades e economias capitalistas não queremos sugerir que as sociedades socialistas sejam diferentes nesse aspecto.
                                                       Considerações finais
Os maiores desafios se concentram, de fato, no processo de materialização da sustentabilidade, ou seja, na transformação da filosofia e do discurso em ação e realização. Assim, o sonho de uma sociedade sustentável é não só desejável como necessário e o desafio é torná-lo realidade. Nesse processo encontram-se os verdadeiros obstáculos e aparecem as grandes discordâncias sobre como construir um desenvolvimento multidimensional, que integre justiça social, sustentabilidade ambiental, viabilidade econômica, democracia participativa, ética comportamental, solidariedade e conhecimento integrador. Como fazê-lo? Haverão, certamente várias maneiras de conceber, tanto o desenvolvimento sustentável, quanto o método para realizá-lo. Qual delas será a hegemônica? E na construção do desenvolvimento, o que é prioritário? A economia, a ecologia, a qualidade da vida humana? Que valores orientarão estas escolhas? Existem ainda mais perguntas que respostas , e o tipo de desenvolvimento que teremos dependerá da qualidade das respostas processadas no jogo social entre o mercado, a sociedade civil e o estado.
Ao que parece as respostas a tais perguntas vão depender do nível e da qualidade da consciência pública, de sua percepção da realidade e dos problemas vividos, e de sua capacidade de organização para impulsionar mudanças no sentido de uma sociedade verdadeiramente sustentável. Dependerá igualmente da habilidade dos movimentos sociais, em sentido amplo, em atrair forças, em estabelecer alianças e de liderar um processo que torne a filosofia da sustentabilidade - em seu sentido mais avançado - em uma alternativa real de desenvolvimento social.


Referencias 

Lima, Gustavo F. da Costa Lima. O debate da sustentabilidade na sociedade insustentável. Setembro 1997/p. 201-202.

Almino, João. Naturezas Mortas. Brasília, Fundação Alexandre Gusmão, 1993.

Barros, Flávia Lessa. Ambientalismo, Globalização e Novos Atores Sociais. In: Sociedade e Estado, vol. XI, Brasília, 1996.

Benjamin, Cesar. Diálogo sobre ecologia, ciência e politica. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1993.

Bernardo, Maristela. Impasses Sociais e Politicos em torno do Meio Ambiente. In: Sociedade e Estado. Brasilia 1996.

Por: Natalia Vanessa Martins

domingo, 10 de junho de 2012

Charges

Charge  1 


Charge 2





Por: Natasha de Souza

Aforismo

Primeiro Aforismo

"Nós não herdamos a Terra de nossos pais, mas a pegamos de empréstimo de nossos filhos." (atrib. a Henry Brown)




Segundo Aforismo

“A cada um é permitido usufruir do mundo, mas a cada um também cabe, no dia a dia, deixar este mundo melhor do que quando chegou.” (atrib. a J. R. Jerônimo)




Por: Natasha de Souza

Teatro

“Todos os anos a Conversa Sustentável promove um Workshop para seus parceiros. Neste ano resolvemos inovar! Uma peça teatral trará o tema da sustentabilidade de uma maneira divertida e engraçada, sem deixar de ser crítica”, afirma Vivian Blaso, diretora da agência e editora do Blog Conversa Sustentável. A estreia da peça será no dia 28 de maio, às 18 horas, no teatro da Livraria Cultura do Shopping Bourbon. A indicação da peça é para maiores de 12 anos e a entrada é gratuita!



Sinopse 

A peça conta a história dos patrões e empregados... ops! colaboradores de uma indústria produtora de pisos e revestimentos – A Piso Bom. Os negócios não andam nada bem, pois um dos donos da empresa é o Leonardo, um avarento de primeira. Só pensa em dinheiro e economizar, porém está cheio de dívidas e as vendas vão de mal a pior, pois as pessoas agora querem empresas com responsabilidade socioambiental, o que passa longe da cabeça de Leonardo. Sustentabilidade para ele é produto de uma conspiração para arrancar mais dinheiro dos pobres empresários dos países subdesenvolvidos. Faz de tudo para deixar o processo produtivo mais barato, o que acaba gerando muitos problemas para a fábrica. Paga mal os funcionários e não se preocupa com a sua segurança. Tem uma péssima relação com a vizinhança da fábrica. Ela emite muita sujeira, que acaba entrando nas casas dos moradores. Os caminhões velhos e barulhentos rodam noite e dia e não deixam as pessoas dormirem. Além disso, o esgoto industrial é despejado no rio, o que deixa a população ainda mais nervosa.

Já o outro irmão, Catatau, é o oposto de Leonardo. Ficou longe da empresa um bom tempo, viajou o mundo e fez cursos com os maiores pensadores sobre a sustentabilidade no mundo. Voltou cheio de ideias e quer tirar a empresa do buraco. Aí está a confusão! Leonardo sempre querendo dar um jeitinho para esconder as falcatruas e Catatau buscando fazer as coisas do jeito correto. 

Na história ainda temos a secretária Valdívia, que na verdade é uma faz-tudo. É explorada pelo patrão Leonardo, mas não deixa de dizer o que pensa; Evellyn, namorada do Catatau e diretora de vendas, que só pensa em comprar e comprar; a vizinha Florinda, líder comunitária que invade a fábrica para reclamar das condições do bairro; um ativista que ocupa a fábrica, se amarra ao pé da mesa, faz greve de fome, mas esqueceu de ir ao banheiro antes; e o fiscal, Seu Adamastor, que já é bem de idade, meio surdo, meio cego, meio alcoólatra e muito esperto.



Por: Natasha de Souza


Obra de Arte

Vânia Barbosa: arte e sustentabilidade



O que acontece com o resíduo industrial em nossos dias? Pontualmente a artista Vânia Barbosa colabora com o meio ambiente e a sustentabilidade estética ao utilizar-se dos resíduos da borracha, do tecido e do papel reciclado para realizar suas criações. Em um mundo totalmente voltado para o descartável, a artista centra-se no reaproveitamento da matéria-prima, garantindo a ela novos significados. Uma prática que Vânia desenvolve há três décadas, desde o tempo em que o assunto da sustentabilidade ainda não frequentava com tanta intensidade o nosso vocabulário. De família de industriais da área da borracha, a artista, ainda criança, apaixonou-se por esses materiais, e logo que se interessou pelo estudo das formas nas artes plásticas, buscou nessa referência o material principal para a sua arte.
Vânia nasceu em Pequi, Minas Gerais, e mudou-se para Belo Horizonte em 1980. Graduou-se em Artes Plásticas na Escola Guignard, participou de vários Festivais de Inverno da UFMG, estudou com os professores Orlando Castaño, Marco Tulio Resende, Karim Lambrecht, Cristina Kubisch, Arthur Omar, Marcos Hill e Irene Kopelman. Atualmente a artista divide seu tempo entre os estudos teóricos na UFMG e na Escola Guignard e a prática de seu trabalho em seu ateliê no Jardim Canadá, em Nova Lima.