Sobre o Blog

Blog criado por alunos do curso de administração da PUC Minas em Betim com o objetivo de expor os problemas, os desafios e projetos para a gestão sustentável nas empresas.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Artigo 1



Inovação e Sustentabilidade: Novos Modelos e Proposições


Conceitos
Citações Literais
Introdução






Introdução

“[...] O movimento pelo desenvolvimento sustentável parece ser um dos movimentos sociais mais importantes deste início de século e milênio.
            A rapidez com que esse movimento foi aceito por amplos setores do empresariado, pelo menos no nível do discurso, não tem precedentes na história recente das empresas.
            Contrariamente ao ocorrido no movimento da qualidade, a adesão das empresas ao desenvolvimento sustentável vem inicialmente de fora para dentro, como um meio de se contrapor às críticas e objeções ao papel das empresas feitas por incontáveis entidades governamentais e da sociedade civil organizada, responsabilizando-as pelos processos de degradação social e ambiental que atingiam todo o planeta.
            Um aspecto central da adesão a um movimento social é a necessidade de substituir os meios e as práticas antigas por outras que traduzem os princípios, objetivos e diretrizes do novo movimento. [...]”




  


Desenvolvimento sustentável






“[...] A expressão “desenvolvimento sustentável”, que começou a se tornar popular a partir da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em 1992, tem na realidade uma longa trajetória. De acordo com Riechmann e Buey (1994, p. 104), as sociedades industriais ensejavam, desde o seu início, reações críticas pelas destruições que causavam, seja por autores dissidentes, seja por movimentos sociais, que chegam até os nossos dias e carregam consigo um rico passado de crítica civilizatória, embora tenham permanecido marginais até poucas décadas atrás em relação às correntes centradas no produtivismo. [...]”







A Institucionalização do Desenvolvimento Sustentável







 “[...] Apesar de tantas críticas às propostas concernentes ao desenvolvimento sustentável, o fato é que elas se tornaram as bases de um dos mais importantes movimentos sociais da atualidade.

            Como diz Nobre (2002), o conceito de desenvolvimento sustentável “surgiu não só como uma noção fadada a produzir consenso, mas também como enigma a ser criticados pela sua vaguidão, imprecisão e caráter contraditó-rio” (p. 25).
            Na sociedade atual, os valores ligados ao desenvolvimento sustentável e ao respeito às políticas ambientais têm sido institucionalizados em maior ou menor grau nos diversos países pela mídia, pelos movimentos sociais e ambientalistas, e pelos governos. Como resposta a essas pressões institucionais, surgem novos modelos organizacionais, vistos como os mais adequados para o novo ciclo que se inicia, como é o caso das organizações inovadoras sustentáveis. [...]”












Inovação e Sustentabilidade








“[...] A sustentabilidade do negócio pode ser entendida de modo convencional, isto é, como capacidade de gerar recursos para remunerar os fatores de produção, repor os ativos usados e investir para continuar competindo.

            De acordo com os conceitos de sustentabilidade desse movimento, as inovações devem gerar resultados econômicos, sociais e ambientais positivos, ao mesmo tempo, o que não é fácil de fazer, dadas as incertezas que as inovações trazem, principalmente quando são radicais ou com elevado grau de novidade em relação ao estado da arte.

            Inovação, segundo o Manual de Oslo, é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, nas organizações do local de trabalho ou nas relações externas (OECD, 1997, p. 55).
A “inovação sustentável” é introdução de produtos, processos produtivos, métodos de gestão ou negócios, novos ou significativamente melhorados paraa organização e que traz benefícios econômicos, sociais e ambientais, comparados com alternativas pertinentes.
            As inovações sustentáveis consideram uma lista ampla de partes interessadas secundárias, como a comunidade local e grupos ativistas de várias causas, tais como ambientalistas, antiglobalização, direitos dos animais etc. A dificuldade torna-se muito maior por se tratar de inovações realizadas de forma contínua, pois é isso que caracteriza uma organização inovadora [...]”

Considerações Finais

          
   O modelo de organização inovadora sustentável é uma resposta às pressões institucionais por uma organização que seja capaz de inovar com eficiência em termos econômicos, mas com responsabilidade social e ambiental.
Ela reúne duas características essenciais: é inovadora e orientada para a sustentabilidade.
Institucionaliza-se uma nova lógica de produção na qual a sustentabilidade e a inovação caminham juntas.
Um aspecto em geral negligenciado nos modelos de organização sustentável refere-se ao consumo. Como o sistema operacional produtivo e as inovações de produto e de processo, ao atender as três dimensões da sustentabilidade, devem gerar ganhos para o meio ambiente em termos de redução no uso de recursos e de emissões de poluentes, o aumento da produção pelo incitamento à demanda por novos produtos pode neutralizar ou até superar esses ganhos. Levar em conta essa possibilidade dando-lhe um tratamento adequado é um dos maiores desafios para o alinhamento das empresas ao modelo de organização inovadora sustentável.  



Referências relevantes:

NOBRE, M. Desenvolvimento sustentável: origens e significado atual. In:
NOBRE, M; AMAZONAS, M. C. (Orgs) Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito. Brasília: Ibama, 2002.


OECD.  The Oslo Manual: The Measurement of Scientific and Technical
Activities. Paris: OECD; Eurostat, 1997.


RIECHMANN, J; BUEY, F. F. Redes que dan libertad: introducción a los
nuevos movimientos sociales. Barcelona: Paidós Ibérica, 1994.

Artigo disponível em: http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-75902010000200002.pdf

Por: Natasha de Souza

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