Autor do fichamento: Anderson Duarte Silva
Conceitos
Conceitos
|
Citações Literais |
Introdução
|
|
O
crescente mercado de consumidores
|
Nos últimos
tempos, a sociedade capitalista tem poluído a natureza pelo consumo exagerado
de
produtos
industrializados e tóxicos que, ao serem descartados, acumulam-se no
ambiente, causando danos ao
planeta e à própria existência humana. A produção de
resíduos em larga escala - entenda-se não só no sentido de resíduos sólidos, mas
também no sentido social: miséria, fome e exclusão - caracteriza a sociedade
de consumo que vem do século passado e avança neste início do terceiro
milênio. O lucro, como corolário da ação empresarial, continua a ser o
objetivo teleológico do modo de produção capitalista, caracterizado pela
economia de mercado, hoje ancorada no neoliberalismo. Em decorrência, está
ele diretamente ligado ao consumo sem limites que traz o desperdício e a
grande produção de resíduos. A manutenção da produção de maneira a atender o
crescente consumo requer, ao mesmo tempo, o uso cada vez maior de recursos
naturais e energéticos. (SÁ, L. M. B. M. ; ZANETI, I. C. 2002; pp. 1)
|
Crise ambiental e busca da sustentabilidade
|
|
Fatores que causam crise ambiental
|
Considerando a
articulação entre Ecologia e Economia, no padrão civilizatório do capitalismo. industrial
globalizado, verifica-se que a atual forma produtiva da economia de mercado
baseia-se numa tecnosfera que produz uma grande pegada ecológica (resíduos,
poluição) e envenenamento da biosfera (LAYARGUES, 2002; pp. 13).
Pode-se
afirmar que a apropriação privada dos recursos naturais, guiada pela lógica
capitalista do lucro, com
seus ritmos produtivos artificiais lineares e em aceleração crescente, é o
fator responsável pela crise ambiental e pela grande quantidade de lixo
gerado na produção e no consumo. (SÁ, L. M. B. M. ; ZANETI, I. C. 2002; pp. 1)
|
Conceito
de ecodesenvolvimento segundo Sachs
|
[...] desde a
Conferência de Estocolmo
(1972), Sachs propôs o conceito de ecodesenvolvimento, depois ampliado para
desenvolvimento
sustentável. Ele enfatizou a necessidade de se planejar formas de
harmonização entre atividades socioeconômicas e o trabalho de gestão do meio
ambiente, buscando “aquele desenvolvimento que atenda às necessidades do
presente, sem comprometer as possibilidades das gerações futuras atenderem às
próprias”. Esta concepção incorpora as diferenças entre países e culturas,
além de implicar na integração entre meio ambiente e estrutura socioeconômica
– num processo que melhora as condições de vida das comunidades humanas e, ao
mesmo tempo, respeita os limites da capacidade de carga dos ecossistemas.
(SACHS: 1993; pp. 29-56).
|
A
compreensão
|
dominante
de Educação Ambiental
|
Validação
da Educação Ambiental no âmbito internacional
|
A Conferência de Tbilisi (1977)
definiu a Educação Ambiental como:
“um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam
consciência de seu meio ambiente e adquirem o conhecimento, os valores, as
habilidades, as
experiências
e a determinação que os tornam aptos a agir - individual e coletivamente- a
resolver os problemas ambientais.” (SÁ, L. M. B. M. ; ZANETI, I. C. 2002; pp.4)
Por ocasião da
Rio/92 foram produzidos três documentos importantes para a validação da EA no
âmbito internacional: Agenda 21 (elaborada pelos chefes de estado), o Tratado
de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global
(elaborado pelo Fórum Global, realizado paralelamente por ONGs de todo o mundo)
e a Carta Brasileira de Educação Ambiental (elaborada pela coordenação do
MEC). (SÁ, L. M. B. M. ; ZANETI, I. C. 2002; pp. 4)
|
Considerações Finais
|
|
Integração com a Sociedade
|
A organização da gestão participativa
a partir da iniciativa do poder público conta com algumas
experiências em curso, como as de
Curitiba (participação de associações de bairro, compra/troca de lixo por
produtos verdes, participação das escolas) e de Belo Horizonte (organização
dos carroceiros como autônomos para a coleta nas ruas, acompanhamento dos
centros de triagem por equipes de educadores, campanhas públicas de
informação nas ruas e nos meios de comunicação). Faz-se
necessário, porém, uma avaliação
dessas experiências a partir de critérios que apontem os modos de preencher
as lacunas existentes, na perspectiva de uma real organização participativa
de todos os atores sociais envolvidos, considerando-se a integração do
sistema de gestão, o que significa uma eficiente articulação entre o poder
público e a sociedade civil. (SÁ, L. M. B. M. ; ZANETI, I. C. 2002; pp. 8).
Tudo isso implica em intensa
comunicação, circulação de informações, troca de experiências, esferas de
diálogo e negociação, que coloquem em contato permanente os atores
envolvidos, incluindo-se aí também o poder público. (SÁ, L. M. B. M. ; ZANETI, I. C. 2002; pp. 9)
|
Referências:
SÁ, L. M. B. M. ; ZANETI, I. C. . A educação
ambiental como forma de mudança na concepção de gestão dos resíduos sólidos
domiciliares e na preservação do meio ambiente. In: I Encontro Associação de Pós Graduação e Pesquisa em Ambiente e
Sociedade, 2002, Campinas. Ambiente e Sociedade, 2002.
LAYARGUES, Philippe. O cinismo da
reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas
implicações para a educação ambiental. LOUREIRO, F.; LAYARGUES, P.; CASTRO, R. (Orgs.)
Educação ambiental: repensando o espaço
da cidadania. São Paulo: Cortez, 2002, 179-220.
SACHS, Ignacy. “Estratégias de transição para o século
XXI”. In: Para Pensar o
Desenvolvimento Sustentável. M. Bursztyn (org.) S. Paulo: Brasiliense, 1993
(29-56).
Disponível em: http://sma.visie.com.br/wp-content/uploads/cea/Texto_Zaneti.pdf Acesso
em 01/06/2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário