Educação Ambiental
Popular: Uma Alternativa à Crise Ambiental na Sociedade Moderna
Conceitos
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Citações Literais
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Introdução
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Introdução
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“[...] A crise não só ambiental como também social por que passa o mundo
hoje, é reflexo de um sistema econômico que gira em torno da exploração da
massa trabalhadora e da acumulação de riquezas por parte dos opressores. A
exploração desenfreada, o consumismo exacerbado, leva a saturação não somente
da natureza, mas das relações sociais. [...] ”
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Crise
Ambiental
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“[...] Constatamos que a crise ambiental é sintoma de uma crise muito
mais profunda do que a mídia nos passa diariamente.
Por detrás de
tudo isso, há um modo de produção econômico, denominado Capitalismo, que é o
grande vilão, o principal responsável pela crise atual, que, aliás, não é tão
atual assim. Em nosso País, por exemplo, a crise tem sua origem
concomitantemente com o Descobrimento, pois desde esta época nossas riquezas
naturais passaram a ser exploradas.
Vemos que desde o Descobrimento, nossa
sociedade caracteriza-se pelo domínio do mais forte sobre o mais fraco e da
exploração do trabalho.
"Pelo que se tem notícia, desde que a vida surgiu na face da Terra
há cerca de três bilhões e meio de anos, nenhuma outra espécie biológica foi
capaz de provocar desequilíbrios ecológicos na proporção e magnitude da atual
crise ambiental". (LAYARGUES in SANTOS & SATO, 2006, p. XIII).
Cada vez mais a natureza é vista
como recurso natural para alimentar um modelo de desenvolvimento espoliador e
concentrador de riquezas e que vem, desde essa época, se disseminando e sendo
implantado por todo o planeta em um processo hoje denominado de globalização
(GUIMARÃES in LOUREIRO & LEROY, 2006, p. 17). [...] ”
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Educação
Ambiental
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“[...] A
Educação Ambiental apresenta-se, hoje, como um modelo de Educação que pode
contribuir com as mudanças estruturais necessárias e prementes ao mundo,
envolvendo estilos sustentáveis de vida, ética, padrão cultural e equidade
compatíveis com a Sustentabilidade.
Ao
associarmos Educação Ambiental à Sustentabilidade, percebem-se no debate
corrente sobre Educação Ambiental tendências que privilegiam ações locais e
outras que discutem modelos de desenvolvimento. A necessidade impõe ações
localizadas, pontuais e imediatas, colocando desafios contundentes às
práticas sociais. Faz-se, pois, segundo Figueiredo, necessário construir uma
crítica da sustentabilidade.
Uma
cultura crítica de sustentabilidade nos devolve à pergunta pela participação
dos atores fundamentais dessa história. Na verdade nos remete à tarefa de
buscar desvelar, no sentido freireano, o trajeto e a percepção popular sobre
o assunto. (FIGUEIREDO, 2007, p. 79).
Escolher
uma concepção de Educação é uma decisão eminentemente política, pois ela
referenciará uma práxis educativa. No mesmo sentido de práxis educativa,
Moacir Gadotti define a pedagogia da práxis como:
A teoria de uma prática pedagógica que procura não
esconder o conflito, a contradição, mas, ao contrário, entende-os como
inerentes à existência humana, explicita-os e convive com eles. Ela se
inspira na dialética. (GADOTTI, 2005, p. 239) [...] ”
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Considerações
Finais
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Em nosso
caso particular, acredita-se que uma forma de se alcançar os objetivos da
Sustentabilidade e romper com as mazelas do Capitalismo são optarmos por um
novo modelo de Educação, ou seja, uma Educação que não só é Transformadora,
mas acima de tudo Popular, ou seja, dos oprimidos, como exprime Paulo Freire.
Será a partir da situação presente, existencial, concreta,
refletindo o conjunto de aspirações do povo, que poderemos organizar o
conteúdo programático da educação ou da ação política.
O que temos de fazer, na verdade, é propor ao povo,
através de certas contradições básicas, sua situação existencial, concreta,
presente, como problema que, por sua vez, o desafia e, assim, lhe exige
resposta, não só no nível intelectual, mas no nível da ação (FREIRE, Paulo,
1987, p. 184).
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Referências relevantes:
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GADOTTI, Moacir. Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA, 2005.
FIGUEIREDO, João B. A. Educação Ambiental Dialógica: As Contribuições de Paulo Freire e a Cultura Sertaneja Nordestina. Fortaleza: Edições UFC, 2007.
Disponível em: http://revista.fundacaoaprender.org.br/index.php?id=127
Por: Natasha de Souza
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