Desenvolvimento Sustentável

A expressão ‘’desenvolvimento sustentável’’ que começou a se tornar popular a partir da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em 1992, tem na realidade uma longa trajetória. De acordo com Riechmann e Buey (1994, p. 104), as sociedades industriais esperavam por sua oportunidade, desde o inicio, reações criticas pelas destruições que causavam, seja por autores dissidentes, seja por movimentos sociais, que chegam ate os nossos dias e carregam consigo um rico passado de critica civilizatório.

  Essa visão histórica tem sido menosprezada por autores norte-americanos  e europeus, que costumam colocar a década de 1970 como marco inicial do movimento pelo desenvolvimento sustentável. Vincent (1995, p. 270), por exemplo, afirma que ‘’o movimento ecológico desenvolveu-se na esfera publica a partir dos anos 1970’’, tendo como referência a criação de partidos políticos, partidos verdes, em países europeus, mas reconhece que as origens do pensamento ecologista vêm de muito antes, e para ilustrar esse fato cita Ernst Haeckel, o cientista que criou a palavra ecologia, em 1866, que na época, se tratava de um neologismo (VINCENT, 1995, p. 211).

  Nem todas as correntes ambientalistas confluíram para o movimento pelo desenvolvimento sustentável, haja vista que a diversidade de correntes é tão grande que abarca diversos posicionamentos, muitos deles em conflitos irreconciliáveis. Vincent (1995) usa a expressão ecologismo para indicar uma ideologia política que se destacou nos anos 1970 e resultou nos partidos verdes.

 As ideias concernentes ao eco desenvolvimento, que, atacadas por poderosos atores no cenário internacional, foram deixadas de lado. Não levaria muito tempo para que surgisse a expressão 'desenvolvimento sustentável', trazendo outros conceitos e que se tornaria um sucesso mundial.

Escrito por: Anderson Duarte Silva

Referências Biliográficas:

RIECHMANN,J; BUEY, F. F. Redes que dan libertad: Intodución a los nuevos movimientos sociales. Barcelona: Paidós Ibérica, 1994

 VINCENT, A. Ideologias políticas modernas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1995

BARBIERI, J. C; VASCONCELOS, I. F. G; ANDREASSI, T; VASCONCELOS, F. C. Inovação e Sustentabilidade: Novos Modelos e Proposições. Revista RAE, V. 50, n 2, abr/jun. 2010, p. 147-148.

Disponível no site:  

 http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-75902010000200002.pdf. Acesso em 18 de março de 2012.

O Sistema da Gestão Sustentável: Vantagens e Desvantagens

A gestão sustentável é uma competência para administrar o curso de uma organização, comunidade, ou país, por vias que estimulem, valorizem e recuperam todas as formas de capital financeiro e humano de modo a gerar valor aos stakeholders.

A gestão de processos deve ser vista sempre como um processo evolutivo de trabalho e não somente como um projeto com inicio, meio e fim. Se não for conduzida com esta visão, a tendência de se tornar um modismo dentro da empresa ou do país e logo ser esquecida ao sinal de um primeiro tropeço é grande. Muitos esforços e investimentos têm sido gastos sem o retorno esperado. (Dumont, Ribeiro e Rodrigues 2006)

[...] Responsabilidade Social Corporativa é o resultado da obrigação de uma empresa de prestar contas aos seus stakeholders sobre todas as suas atividades e operações com o objetivo de alcançar um desenvolvimento sustentável, não apenas em sua dimensão econômica, mas também nas dimensões social e ambienta “(Oliveira, 2008) [...]

Numa visão econômica a geração de valor nas relações organizacionais depende de aspectos de colaboração entre as partes para além das relações de controle financeiros e operacionais, exigindo assim relações de confiança que superem o receio do oportunismo e a imposição de proteções processuais.  Dentro desse ambiente se cria uma espécie de cooperatividade entre organização, fornecedores e clientes, sendo uma tarefa de alta complexidade que envolve também o âmbito sócio – cultural e ambiental.

Esta medida relaciona-se com a competitividade enfrentada pelas empresas, que cada vez mais são exigidas pelos stakeholders, portanto para ser uma organização sustentável é preciso olhar de fora para dentro, sobreviver às exigências da demanda do mercado de forma confiável para que haja reconhecimento e que as atividades corriqueiras da empresa se tornem estáveis.

Escrito por: Douglas Eustáquio dos Santos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dumont, Danilo Mozeli. Ribeiro José Araújo. Rodrigues, Luiz Alberto. Inteligência Pública na Era do Conhecimento. Editora. Revan, Ano de Publicação: 2006.

Oliveira, Alex Melo. Shareholders e Stakeholders. Disponível no site: http://www.administradores.com.br/informese/producaoacademica/shareholdersestakeholders/513/. Acesso em 06 de março de 2012.

BRITO, Renata Peregrino de; BERARDE, Patricia Calicchio. Vantagem Competitiva na Gestão Sustentável da Cadeia de Suprimentos: UM METAESTUDO. Revista RAE, São Paulo.V.50 N° 2; Ed. Abril/Junho de 2010

 

 

 

 

 

Gestão Sustentável: Organização, Ambiente e Sociedade

A sustentabilidade vai além das questões ambientais?

Sustentabilidade é um conjunto de ações integradas? 

A abordagem ambiental presente no cotidiano organizacional, não é apenas um elemento diferencial, se tornou uma espécie de filosofia, diretriz e sobrevivência no meio empresarial.

O tema sustentabilidade dentro de uma empresa é algo que vai além do imaginário é necessário prática, são ações que regem o cotidiano daquela empresa que se propõem a programar e manter essa filosofia, que começa de “dentro para fora”, pois é fundamental integrá-lo a sociedade.

É respeitável ter a consciência que uma empresa é apenas um núcleo de um ambiente complexo. Ser uma ilha de sustentabilidade em meio às ações degradantes dos indivíduos que a cercam não faz parte de um modelo sustentável consciente. Não adianta ser um exemplo de sustentabilidade dentro da empresa e ao sair fechar os olhos para a degradação do homem ao  meio. ambiente. (MENDES,2010)

O processo de ampliação da abrangência do sistema de gestão sustentável de uma empresa para o meio social não é tarefa fácil, e algo que se torna essencial neste processo são os colaborados. Ele funciona como o autor multiplicador das ações sustentáveis que a organização amplia, levando as boas práticas para dentro de sua casa, familiares, amigos, que repassarão os conhecimentos para outras pessoas, (MENDES, 2010).

Portanto, a garantia de se alcançar um desenvolvimento sustentável esta ligada a transparências de suas atividades e operações dentro do meio empresarial para que se torne algo que vai além das dimensões internas e ambientais, levando em consideração a conexão entre: Organização, Ambiente e Sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dumont, Danilo Mozeli. Ribeiro José Araújo. Rodrigues, Luiz Alberto. Inteligência Pública na Era do Conhecimento. Editora. Revan, Ano de Publicação: 2006.

MENDES, Bruno. O.papel social .da .Sustentabilidade. nas.organizações..Disponível.no.site:http://www.pontomarketing.com/sustentabilidade/opapelsocialdasustentabilidade-nas-organizacoes/. Acesso em 09 de março de 2012.                 

Objetivos da Pesquisa

ü  Demonstrar que a gestão sustentável vai além das questões ambientais que rondam a organização.

ü  Considera a filosofia de gestão sustentável dentro da sociedade e do ambiente interno da organização.

ü  Propor mudanças de relacionamento e atitudes das pessoas dentro da organização.